Carnaval movimenta R$ 12 bilhões e gera oportunidades para empreendedores na Bahia



Formalização de negócios pode garantir renda além do período festivo, destaca especialista


O Carnaval de 2025 deve gerar um impacto econômico de mais de R$ 12 bilhões no Brasil, um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Bahia, um dos epicentros da festa, espera receber mais de 3,5 milhões de turistas, injetando cerca de R$ 7 bilhões na economia estadual, conforme informações da Secretaria Estadual de Turismo (Setur).

Em Salvador, uma das principais capitais do Carnaval brasileiro, o evento deve atrair aproximadamente 850 mil visitantes, um crescimento de 6,5% em relação a 2024, com um impacto econômico estimado em R$ 1,8 bilhão. Segundo levantamento do Observatório do Turismo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, os turistas nacionais devem gastar, em média, R$ 6.864,40 na cidade, enquanto os visitantes internacionais devem ter um gasto estimado de R$ 4.888,47, incluindo passagens e hospedagem.

Setores impulsionados pela folia

No contexto nacional, bares e restaurantes lideram as receitas do período carnavalesco, com previsão de arrecadação de R$ 5,4 bilhões, seguidos pelos serviços de transporte, que devem movimentar R$ 3,3 bilhões, e pela hospedagem, com R$ 1,3 bilhão em faturamento. O evento também deve gerar mais de 32,6 mil empregos temporários, com destaque para o setor de alimentação, que concentrará mais de 22,8 mil vagas.

Com o aquecimento da economia durante a folia, pequenos empreendedores encontram oportunidades para crescer, especialmente nos segmentos de moda, alimentação e turismo. No entanto, segundo Rafael Caribé, CEO da Agilize Contabilidade, empresa que nasceu em Salvador, a chave para manter o faturamento ao longo do ano está na formalização dos negócios.

“O Carnaval abre portas para quem quer empreender, mas é fundamental pensar no futuro do negócio. Formalizar-se garante acesso a crédito, emissão de notas fiscais e a possibilidade de expandir as atividades para além do período festivo”, afirma o CEO.

Além disso, ele reforça que mesmo em negócios voltados para um período específico, como o Carnaval, a profissionalização é um fator essencial para gerar credibilidade e diferenciação no mercado. 

“Mesmo em um negócio sazonal, atuar com profissionalismo faz toda a diferença. Quem trata o cliente com seriedade, oferece um produto ou serviço de qualidade e tem uma operação organizada aumenta as chances de fidelizar consumidores e gerar novas oportunidades, seja para outros eventos ou mesmo para um negócio fixo no futuro”, explica Caribé.

Com um crescimento expressivo no número de turistas estrangeiros e uma perspectiva positiva para os próximos anos, o Carnaval segue como um dos eventos mais lucrativos do país, reforçando a necessidade de que pequenos empresários busquem formas de estruturar e expandir seus negócios para além da temporada de festas. “Empreender vai além de aproveitar uma boa oportunidade. Quem se formaliza pode transformar um negócio sazonal em fonte de renda fixa, explorando novos mercados e mantendo o crescimento ao longo do ano”, finaliza Caribé.


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